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Gestão de dados em Oncologia: quais os impactos na prática clínica?

Muito mais amplo do que a telemedicina e a telessaúde em si, o conceito da saúde digital envolve, entre outras coisas, o uso de dados do paciente para a melhor gestão em saúde. Desse modo, as novas tecnologias permitem tanto uma melhor coordenação do cuidado, quanto a completa integração das informações clínicas. Por sua vez, as ferramentas de engajamento permitem que equipes de saúde e pacientes interajam ao longo do tempo.
Essas novas plataformas digitais são extremamente relevantes também no acompanhamento de doenças crônicas e no tratamento de doenças complexas como o câncer. Afinal, são vários os agentes da saúde envolvidos: hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de saúde. Sem contar os diversos especialistas.
“O câncer hoje exige um tratamento multidisciplinar, então a integração do cuidado é fundamental para tratarmos adequadamente os pacientes. Esse acompanhamento pode inclusive evitar idas ao hospital, desonerando o sistema de saúde”, afirma Carlos Sacomani, Chief Medical Information Officer do A. C. Camargo Cancer Center.
Desafios da gestão de dados em oncologia: os dados do paciente
Mais de 150 milhões de pessoas estão cadastradas no sistema público de saúde do Brasil com o DATASUS. Esse registro digital de pacientes no SUS é uma entrada para o tratamento, mas o acesso a um especialista é um dos maiores gargalos do sistema único de saúde.
Ao mesmo tempo, no sistema de saúde privado, ocorre o contrário. Há um excesso de acesso a especialistas totalmente descentralizado, sem uma ferramenta que unifique os dados de diagnóstico e tratamento do paciente, sem uma comunicação efetiva entre esses diferentes especialistas.
“O paciente é um só e transita pelos dois sistemas. Precisamos, portanto, ter toda a sua jornada capturada pelo sistema de informação para que o profissional de saúde possa ter acesso. Os bancos de dados precisam ser integrados”, afirma Denizar Viana, Médico Oncologista e Professor titular da Faculdade de Ciências Médicas e Pró-Reitor de Saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Melhor integrada, a gestão de dados oncológicos pode ser a saída para desonerar sistemas de saúde e economizar tempo e recursos, beneficiando mais pacientes e permitindo um acompanhamento muito mais eficiente e próximo.
Telemedicina e dados para um cuidado mais humano
Segundo Carlos Sacomani, a telemedicina ajuda a manter a continuidade do tratamento, facilitando o acesso do paciente. “Ao contrário do que muitos podem pensar, a telemedicina aproxima o médico do paciente, proporcionando muito mais contato”, afirma o médico. Afinal, as consultas por telemedicina podem resolver gargalos de capilaridade e acesso, dando também mais conforto ao paciente, sem ter que comparecer a tantas consultas presenciais.
“No caso de um paciente oncológico, o tratamento tem várias etapas. Precisamos acompanhar esse paciente por muito tempo. Há quem diga que, em algumas situações, a gente transformou o câncer em doença crônica, já que a sobrevida pode durar muitos anos. Em uma quantidade significativa de casos, a doença não volta nem se torna a causa de morte daquele paciente”, completa Sacomani.
Ainda de acordo com Carlos Sacomani, a saúde digital veio para ficar e, para conseguir integrar o cuidado, manter o paciente engajado e apoiá-lo em todas as etapas de tratamento, o uso de dados e plataformas digitais é um recurso bastante interessante.
Quer se aprofundar no assunto? Assista ao nosso webinar gratuito!
Não perca a oportunidade de saber mais sobre a gestão de dados oncológicos! Inscreva-se gratuitamente e assista à gravação do webinar “Como a Saúde Digital pode Melhorar a Gestão de Dados e Engajamento na Oncologia”, com a participação de grandes especialistas em oncologia Carlos Sacomani, do A.C. Camargo Cancer Center, Denizar Vianna, da UFRJ, e Stephen Stefani, da Fundação UNIMED. A mediação é do Diretor Médico da Nilo Saúde, Claudio Tafla.

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Engajamento do paciente oncológico: como melhorar desfechos de cura e sobrevida global?

Os avanços científicos e tecnológicos impactam todas as esferas da sociedade, da forma como nos comunicamos até os meios de transporte. Na área da saúde não é diferente. A ciência avançou, muitos tratamentos evoluíram e, hoje, muitas doenças que eram vistas como incuráveis já não são mais incontroláveis ou fatais. Essa tem sido uma nova realidade para uma grande quantidade de pacientes oncológicos. Em muitos casos, o câncer acaba sendo curado ou se tornando uma doença crônica — com a qual o paciente convive por muitos anos e que pode nem sequer ser a sua causa de morte. Nesse contexto, o engajamento do paciente oncológico e sua adesão ao tratamento completam o rol dos principais fatores para o controle e a cura da doença.
Mas como melhorar o engajamento do paciente oncológico para obter melhores desfechos de cura e sobrevida global? Qual a contribuição das novas tecnologias de gestão do paciente para isso? Confira a seguir a opinião de alguns dos especialistas mais renomados do Brasil.
Contextos de desfecho e sobrevida global do paciente com câncer
De acordo com a ONG Oncoguia, o câncer de mama que é descoberto no estágio inicial tem chance de sobrevida de mais de 90%. Um estudo recente da MD Health apontou que, somente nos últimos 10 anos, a expectativa de vida de pacientes com câncer de pulmão aumentou de 8 para 80 meses. Além disso, a pesquisa mostra que os avanços da medicina de precisão têm sido cruciais para melhores prognósticos.
“Do ponto de vista estatístico, temos visto cada vez mais pacientes oncológicos sobreviverem por mais tempo. Por outro lado, eles acabam ocupando um espaço tremendo no sistema de saúde. É um bom efeito colateral do sucesso de terapias que antes não resolviam. Afinal, as pessoas fatalmente morriam de câncer. Hoje, você tem uma grande quantidade de pacientes que tratam e sobrevivem, mesmo com a doença avançada”, explica Stephen Stefani, médico oncologista e professor da Fundação UNIMED.
“A gente tinha caso de paciente com melanoma (câncer de pele) que falecia em poucos meses. Porém, nos dias de hoje, mesmo um paciente com câncer de pulmão pode viver por muitos anos após o tratamento. Em alguns casos, a doença sequer volta. Sabemos que a chance de cura de grupos monitorados é maior”, afirma.
Descentralização de informações e jornada do paciente: o papel das plataformas digitais
O câncer exige um tratamento multidisciplinar, fazendo com que a integração do cuidado seja fundamental para um atendimento adequado dos pacientes. Afinal, o tratamento oncológico é complexo e envolve diferentes prestadores de serviços de saúde, entre clínicas, hospitais, laboratórios e as próprias operadoras.
Isso provoca uma descentralização dos dados da jornada do paciente, dificultando seu acompanhamento. “Precisamos acompanhar o paciente oncológico por um longo período de tempo e, para conseguir mantê-lo engajado e apoiá-lo em todas as etapas de tratamento, a saúde digital pode ser um recurso bastante interessante”, explica o Dr. Carlos Sacomani, Chief Medical Information Officer do A. C. Camargo Cancer Center.
“Para integrar o cuidado, podemos usar as plataformas digitais, que beneficiam também o engajamento do próprio paciente e da sua família no tratamento, proporcionando a eles uma participação ativa no processo”, complementa.
Saiba mais:
5 perspectivas para a saúde digital em 2023A tecnologia como solução para o engajamento do paciente oncológico
Se o engajamento do paciente oncológico é um dos principais fatores para melhorar os desfechos de cura e sobrevida global, por outro lado é também um dos maiores desafios do tratamento. A boa notícia é que, aliada às técnicas de comunicação e a novos modelos de atendimento, a tecnologia pode estimular as mudanças comportamentais e sistêmicas associadas a melhorias nos resultados do paciente oncológico. Isso é o que aponta um estudo do Jornal da Participatory Medicine Society, chamando atenção para a entrega de valor em cuidado.
Softwares de saúde digital, hoje, já tornam possível fazer tudo isso e ainda manter pontos de contato ao longo do tratamento, fazendo intervenções mesmo à distância. A saúde, a qualidade de vida e o bem-estar do paciente e da sua rede de apoio agradecem.
Dados digitais para um melhor cuidado e redução de custos
Segundo Stefani, há 15 anos apenas 5% dos dados de pacientes eram digitais, contra 95% hoje. Mas, em alguns casos, o uso desses dados é desastroso. Um exemplo: é comum, entre médicos oncologistas, ver casos de liberação de remédio que não teve sua dose ajustada no sistema de saúde. O paciente então recebe duas doses – a antiga e a nova -, de medicamentos que podem custar mais de R$ 15 mil por mês. “E aí o paciente fica desesperado, sem saber o que fazer com aquele remédio caríssimo que poderia ter ido para outra pessoa doente que precisa”, lamenta o médico.
Está claro que existe fragilidade nessa gestão de dados, mas, mais uma vez, os softwares disponíveis no mercado podem melhorar o acesso à saúde para quem precisa e evitando atrasos e desperdícios. Isso certamente pode beneficiar mais pacientes, permitindo um acompanhamento muito mais eficiente e próximo. É uma confluência que proporciona maior engajamento e adesão ao tratamento.
“Precisamos aproveitar os dados que temos no dia a dia para conseguir respostas úteis, com informação ágil e de confiança para a tomada de decisão”, conclui o Dr. Stefani.
Quer saber mais sobre gestão de dados para o engajamento do paciente oncológico? Assista ao nosso webinar gratuito!
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5 perspectivas para a Saúde Digital em 2023

Após três anos de pandemia da Covid-19, pacientes e profissionais de saúde já incorporaram a telemedicina e outras ferramentas de Saúde Digital em seus cotidianos. Segundo pesquisa da Associação Paulista de Medicina e Associação Médica Brasileira, a pandemia fez com que a metade dos médicos passasse a realizar atendimento à distância. Desde então, aplicativos móveis se tornaram mais integrados aos sistemas de gestão, a rede 5G chegou ao Brasil. Ocorreu uma modernização da lei do Sistema Único de Saúde (SUS) e a regulamentação a telemedicina. Com o início do novo governo federal, em janeiro de 2023, o Ministério da Saúde ganhou uma Secretaria de Saúde Digital . A pasta priorizará temas como a telessaúde, segurança, consolidação de dados e sandbox regulatório para testes.
Se já está claro que o conceito de saúde digital vai muito além da telessaúde e da telemedicina, é importante observar as tendências mais factíveis para 2023. Afinal, é necessário ter em vista que a transformação digital da saúde deve chegar a um patamar muito mais avançado em 2030. Essas mudanças já estão em marcha rápida e envolvem as políticas públicas e todo o ambiente da saúde suplementar no Brasil e no mundo.

Tratamos com profundidade destas e outras tendências no webinar “Perspectivas da Saúde para 2023: o que pensam os líderes de empresas, profissionais da área e os formadores de opinião do setor”, que você pode assistir gratuitamente pelo link. Nele, nosso Diretor Médico Claudio Tafla conversou com os convidados José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e ex-ministro da Previdência Social, Luiz Edmundo Prestes Rosa, diretor do Instituto de Gestão Sustentável e Florentino Cardoso, conselheiro efetivo do Conselho Federal de Medicina.
Quer uma prévia da discussão? Então confira a seguir a nossa lista de 5 perspectivas para a Saúde Digital em 2023!
1. Contexto econômico favorável para a saúde digital em 2023
O contexto econômico é positivo para os investimentos em saúde digital no país, considerando especificamente as empresas de saúde suplementar. É o que aponta José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e ex-ministro da Previdência Social. Segundo ele, contudo, esse crescimento será modesto, equivalente ao que vem sendo observado desde julho de 2020. Isso significa que não deve ter um grande impacto na renda dos trabalhadores, o que tradicionalmente se refletiria em um maior número de usuários. “De lá pra cá, o número de beneficiários dos planos de saúde cresceu todos os meses, mas em uma taxa anual de cerca de 3%, que deve continuar”, prevê.
Entretanto, segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abrange), o mercado de planos de saúde deve alcançar 51,5 milhões de pessoas com convênios médicos no Brasil até o final deste ano, um número recorde de usuários. Em 2014, quando o setor atingiu seu patamar histórico, o número chegou a 50,5 milhões de clientes.
2. Nova lei de Telessaúde e Open Health
Pelo menos duas medidas governamentais foram encaminhadas de dezembro de 2022 a janeiro de 2023 no âmbito da Saúde Digital. São elas: a sanção da Lei Federal Brasileira de Telessaúde e a criação da Secretaria de Saúde Digital no Ministério da Saúde (MS). Além dos pontos citados na abertura do texto, o órgão surge tendo como prioridades dar continuidade à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ampliar o uso da telessaúde, criar regulação para inovação e incluir a saúde digital nas grades curriculares das universidades.
A nova lei revoga o texto de 2020, que autorizava apenas temporariamente as consultas à distância, durante a pandemia de Covid-19, e moderniza a legislação que instituiu o SUS em 1990. Assim, tanto o profissional de saúde quanto o paciente têm o direito de decidir pelo uso ou não das tecnologias da informação para acompanhamento médico e consultas à distância. Similarmente, telemedicina deve obedecer ao Marco Civil da Internet, à Lei do Ato Médico, à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), ao Código de Defesa do Consumidor e à Lei do Prontuário Eletrônico.
Ao mesmo tempo, com regras bastante claras, o Open Health deve sair do plano das ideias e ganhar vida em 2023. A iniciativa prevê a criação de uma plataforma de dados em saúde que permitirá a criação de um prontuário único para cada paciente. A portabilidade entre planos de saúde deve ser mais ágil. Na prática, todos os registros eletrônicos de saúde serão propriedade do paciente. Dessa forma, o paciente terá autonomia para decidir quem deve ter acesso aos seus dados. A medida valerá tanto nos atendimentos do SUS quanto nas instituições privadas e das operadoras de planos de saúde.
3. Tecnologia versus altos custos
Um dos principais desafios do setor de saúde é a forte pressão dos custos. Portanto, as empresas de saúde suplementar tendem a investir na melhoria da gestão, de políticas, de estratégias e de indicadores de acompanhamento. Softwares que permitem a melhor visualização e gestão dos dados e das jornadas dos pacientes devem ser grandes aliados das empresas, permitindo também uma melhor integração de programas, análise de desfechos clínicos e uma melhor avaliação dos parceiros e prestadores de serviços. Do mesmo modo, há vários ganhos aos pacientes, que tendem a se tornar mais engajados com seus tratamentos e satisfeitos com a prestação de serviços de saúde.
O descompasso entre o valor pago pela cobertura e os custos crescentes de saúde ainda é uma equação. “Nós queremos o melhor sempre, mas nem sempre o nosso bolso alcança. Temos um problema de escolha que não é muito fácil. Como acomodar o desejo de acesso às melhores tecnologias que existem no mundo com a capacidade de pagamento que temos?”, indaga Cechin.
O conselheiro efetivo do Conselho Federal de Medicina, Florentino Cardoso, também critica a falta de indicadores adequados para que as operadoras diferenciem e valorizem mais os bons prestadores de serviço. Frequentemente, o que mais acontece ainda é “nivelar por baixo”. Com isso, hoje, elas acabam remunerando da mesma forma médicos, laboratórios e clínicas com padrões de qualidade distintos.
“Não há um monitoramento dos desfechos dos procedimentos de cada profissional, de cada médico. A gente precisaria ter variáveis que dizem respeito à produtividade, à qualidade, à satisfação e a como o paciente é tratado”, argumenta Florentino. “Igualmente, o exame de má qualidade precisa ser feito duas vezes, e isso onera a operadora”.
De acordo com Luiz Edmundo, dentro da melhoria de gestão, surge o imperativo de as empresas integrarem melhor seus programas, suas bases de dados. Em contrapartida, é necessária muita tecnologia.
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[WEBINAR] Como a saúde digital pode melhorar a gestão de dados e engajamento na oncologia?4. Autonomia e engajamento do paciente
Uma das principais tendências da Saúde Digital em 2023 é fomentar o protagonismo do paciente no cuidado. Há estudos que apontam que, quanto maior o engajamento do paciente, melhores tendem a ser os desfechos clínicos e seus índices de satisfação com o serviço de saúde. Na prática, pode haver uma tendência de fidelização para clínicas e hospitais, além de uma redução de custos e queda de sinistralidade para as operadoras de saúde, por exemplo.
Além das equipes de saúde que podem se beneficiar das ferramentas e sistemas com foco em autonomia e engajamento do paciente, esse trabalho envolve outros atores. Entre eles, as áreas de Recursos Humanos das empresas, que são as maiores contratantes de planos de saúde. O diretor do Instituto de Gestão Sustentável, Luiz Edmundo Prestes Rosa, aponta para a oportunidade dos departamentos de RH. Eles podem utilizar as redes sociais para melhorar o protagonismo das pessoas em relação à sua própria saúde.
“Muitas empresas têm alcançado enorme sucesso com gamificação, promovendo mudança para hábitos mais saudáveis”, cita.
5. Novas aplicações de Saúde Digital com 5G
Por fim, a chegada da tecnologia 5G a todas as capitais brasileiras neste ano, oferecendo uma velocidade de conexão até 10 vezes maior do que a do 4G, passou a viabilizar uma série de aplicações de Saúde Digital em dispositivos móveis. Além do potencial aumento da democratização da saúde, mitigando problemas de capilaridade das redes físicas e da disponibilidade de especialistas em muitas localidades do país, teremos a chance de ver um maior desenvolvimento de padrões de interoperabilidade de sistemas de saúde digital em 2023.
Em síntese, tudo isso deve fomentar o interesse de operadoras e prestadoras de serviço em investir em soluções de mobilidade em Saúde Digital. Teremos à disposição mais velocidade e redes mais seguras, com protocolos de criptografia avançados, melhor proteção de privacidade e uma estrutura de autenticação mais sofisticada. A inteligência artificial e o big data poderão se expandir ainda mais com o 5G no contexto da saúde, por exemplo, sempre em conformidade com a LGPD.
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Nilo Saúde oferece férias ilimitadas para colaboradores

Por Nilo Saúde
A flexibilização da jornada laboral vem se tornando um tema de primeira importância para as empresas do mundo todo, ao passo em que o maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal tornou-se uma reivindicação recorrente entre profissionais de diferentes áreas e níveis de senioridade. De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, a felicidade no trabalho tem tudo a ver com rendimento profissional. Pessoas satisfeitas com o ambiente de trabalho são 31% mais produtivas, 85% mais eficientes e 300% mais inovadoras. Para além dos novos modelos de trabalho híbrido e remoto, que vieram para ficar desde a pandemia e tendem a contar pontos na atração e retenção de talentos, a há empresas que inovam e apostam ainda mais alto na autonomia e no bem-estar dos colaboradores. A Nilo Saúde, por exemplo, oferece o benefício das férias ilimitadas para colaboradores.
A healthtech já nasceu remota, em 2020, mas hoje adota um escritório em São Paulo, onde as equipes são livres para marcar reuniões presenciais e os colaboradores podem trabalhar presencialmente quando quiserem. A política de férias ilimitadas nasceu junto com a empresa e faz parte da sua cultura. Na prática, todos os profissionais da empresa podem tirar quantos dias de férias remuneradas quiserem ou precisarem, para além do que determinam as regras da CLT.Leia também:
Na Nilo Saúde, segurança psicológica é pauta antes, durante e depois do mês do Orgulho LGBTQIAP+Como funciona a política de férias ilimitadas na Nilo Saúde?
A Nilo acredita que as férias ilimitadas podem ter impactos positivos na alta performance esperada dos #Nilers, que é como os nossos colaboradores são chamados. Por outro lado, a fim de garantir que o benefício seja bem utilizado, adotamos uma cartilha com orientações claras. O primeiro ponto é justamente que as lideranças sirvam de exemplo para toda a equipe. Ou seja, quanto maior a senioridade, maior a influência e maior a responsabilidade também em tirar suas férias ilimitadas. Cabe às lideranças deixar isso bem visível e comunicado para todo o time. A ideia é que todas as pessoas se sintam mais confortáveis em marcar suas férias ilimitadas, sem receio de serem mal vistas ou preteridas por conta disso. Basta avisar a sua gestão direta e a área de Pessoas e Cultura da empresa com a antecedência informada na cartilha.
Outro ponto importante se refere às entregas. Afinal, todos devem se comprometer com as as OKRs (Objetivos e Resultados-Chave) de suas áreas, com suas tarefas individuais e com as metas da empresa.
“Uma quantidade ilimitada de dias livres requer que sejam utilizados de forma responsável, garantindo que tarefas estejam dentro do prazo ou finalizadas. Se esse comportamento não for observado, é importante dar feedback aos colaboradores para ajustar expectativa. Desde que esteja entregando seus resultados, o profissional pode tirar quantos dias de férias quiser”, afirma o CEO Victor Marcondes em entrevista à Revista Você RH.
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O papel de protagonismo do enfermeiro na saúde digital

Por Ana Carolina Nascimento Raymundo, Head de Cuidado da Nilo Saúde
No novo ecossistema do cuidado, temos uma oportunidade válida para apresentar algumas reflexões sobre o quanto nós, enfermeiros, podemos ser profissionais polivalentes e multifacetados, exercendo também papéis de liderança de cuidado, inclusive nos meios digitais. Essas reflexões fazem um contraponto a uma percepção muito distorcida sobre enfermagem pela sociedade brasileira ao longo do tempo. É como se as possibilidades de atuação do enfermeiro fossem meramente auxiliares, sem levar em conta o seu saber científico e suas capacidades gerenciais. Na prática, vale lembrar que o papel do enfermeiro na saúde digital é cada vez mais o de protagonista.
A enfermagem é uma ciência. Antes de tudo, seu objetivo é cuidar do ser humano nos âmbitos individual, familiar e comunitário. Para tanto, desenvolvemos atividades que promovem a prevenção, promoção, reabilitação e restauração da saúde. Isso vai além do ato assistencial ou do simples emprego de técnicas corretas na administração de medicamentos e procedimentos, incluindo também o planejamento do cuidado com cada pessoa. Elaboramos também as atividades necessárias para sua recuperação e fornecemos orientações de saúde para prevenção de agravos. No espectro coletivo, estamos falando do próprio planejamento do serviço de saúde, com o funcionamento operacional e tático das equipes e com a gestão dos recursos.
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MINDSPACE: conheça essa ferramenta de comunicação na saúdeOs múltiplos papeis da enfermagem
Na área assistencial, de enorme importância para o sistema de saúde público e privado, o enfermeiro também tem o seu papel de destaque. Certamente somos pares dos médicos na atenção primária à saúde. Na gestão pública ou privada de serviços hospitalares, unidades de homecare, pronto-atendimento, operadoras e seguradoras de saúde, além das consultorias, há uma ampla gama de atuação em posições de liderança, desenvolvendo protocolos e fazendo a gestão de pessoas e do serviço como um todo. Existe também a possibilidade de atuação em pesquisas, seja em universidades, centros de pesquisa ou na indústria farmacêutica. Nesses espaços, assim sendo, o enfermeiro está apto para conduzir ensaios e estudos clínicos para inovações no cuidado de populações.
O enfermeiro também é um educador por excelência. Recentemente, ganhamos um espaço importante no mundo da saúde digital, atuando com a tele-enfermagem. Pela via digital, é possível acompanhar longitudinalmente populações específicas, levantando conhecimento e encorajando o autocuidado, para que as pessoas possam ter melhores desfechos em sua saúde. Esse formato traz um protagonismo à enfermagem. Em suma, podemos exercer com plenitude o nosso papel de orientar e educar a população, oferecendo acesso e entregando um cuidado de qualidade a um número cada vez maior de pessoas.
A autonomia do enfermeiro na saúde digital
Sem dúvida, o papel do enfermeiro na saúde digital é múltiplo e multifacetado. O enfermeiro traz do mundo físico para o mundo digital sua capacidade de liderar as equipes de saúde. Ele contribui para um olhar mais humanizado e centrado na pessoa. Desse modo, organiza todo um serviço focado na entrega de resultados tanto para os indivíduos, quanto para o sistema de saúde. Sua atuação é fundamental na sustentabilidade do sistema de saúde, pois, atuando no topo de sua licença, consegue melhorar a resolutividade dos serviços e qualificar a demanda com a equipe. Isso também desafoga os atendimentos médicos, trazendo mais satisfação aos profissionais e pacientes. Sobretudo, o enfermeiro pode desempenhar um papel de linha de frente na coordenação do cuidado digital, ajudando a manter pacientes engajados, na busca de melhores desfechos clínicos.
O desenvolvimento da autonomia do enfermeiro é um ganho para a equipe de saúde. Cada um contribui em prol de um sistema ágil e resolutivo. Nosso objetivo é gerar acesso e entregar valor para as pessoas. Lideranças enfermeiras têm um enorme potencial para ajudar a desenvolver e aprimorar os serviços públicos e privados de saúde, como já ocorre em países como o Canadá e o Reino Unido. Lá, o enfermeiro ocupa muito mais espaços de liderança e atua com muito mais autonomia. Hoje, os canais de telessaúde são muito propícios para que o papel do enfermeiro na saúde digital seja cada vez mais visível no Brasil.
No atendimento digital praticado pela Nilo Saúde, aliás, primamos pela força do time, com atuação forte do enfermeiro junto a uma equipe multidisciplinar, em binômio com seu par médico. Por conseguinte, temos colhido resultados de alta satisfação (92 NPS, 99,2 CSAT) e alta resolutividade (88%) na APS Digital. Certamente, esses são dados importantes para confirmar o valor da enfermagem e os potenciais do enfermeiro no papel de gestor da saúde. Por fim, temos nossas possibilidades de atuação na saúde digital são cada vez mais promissoras e necessárias para o sistema.
Procurando uma solução de saúde digital para a gestão, engajamento e relacionamento de pacientes? Fale com a nossa equipe de vendas!
A Nilo Saúde é uma healthtech especializada na oferta de SaaS (software como um serviço) para a gestão completa dos dados do paciente, do teleatendimento à coordenação do cuidado, proporcionando melhorias de relacionamento e engajamento de pacientes elevando a melhores desfechos clínicos. Quer saber mais sobre a nossa oferta para empresas de saúde? Fale com a nossa equipe de vendas!

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Por que usar o WhatsApp na gestão do cuidado digital?

Por Isadora Kimura, cofundadora e Chief Product Officer na Nilo Saúde
Um número cada vez maior de empresas, incluindo as de saúde, estão usando o WhatsApp como ferramenta de relacionamento, conectando milhões de pacientes através do mensageiro. De acordo com dados da pesquisa “Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil”, o WhatsApp segue como o aplicativo mais popular do país. Ele está presente na tela inicial de 54% dos smartphones nacionais. Quando consideramos todas as possibilidades de uso do WhatsApp na gestão do cuidado digital e no relacionamento com pacientes, podemos entender que se trata de uma verdadeira revolução para as pessoas cuidadas. O WhatsApp é uma porta de entrada mais fácil e conveniente para a jornada de cuidado digital, dado que o paciente não precisa baixar um novo aplicativo ou entrar em um website para se conectar com seu time de saúde.
A pandemia acelerou a transformação digital das empresas e hoje vivenciamos um caminho sem volta. Na área da saúde, vimos a telemedicina crescer e facilitar as consultas virtuais quando sair de casa tornou-se um grande desafio. A utilização da teleconsulta, quando integrada à jornada de cuidado digital, amplia as possibilidades desse cuidado. Ela melhora não somente a experiência do paciente, como também a do médico e dos demais profissionais do time de saúde, que passam a ter acesso a um histórico do relacionamento estabelecido, facilitando e enriquecendo a consulta.
Confira a seguir os motivos pelos quais vale a pena usar o WhatsApp na gestão do cuidado digital!WhatsApp na gestão do cuidado digital: jornada coordenada com inteligência de dados
No cenário pós-pandêmico, a construção de um relacionamento digital com os pacientes torna-se fundamental a boa execução dos serviços prestados em saúde. Por isso, o WhatsApp é particularmente adequado para implementar uma jornada de cuidado coordenada, que busca mais qualidade de vida para o paciente.
Com uma jornada coordenada, o paciente ganha autonomia, entra no centro do cuidado e pode contar com o acompanhamento de sua própria equipe de saúde digital não apenas no momento da teleconsulta, mas também no formato assíncrono. Desse modo, além da melhora nos indicadores clínicos dos pacientes, as empresas de saúde ganham mais capacidade de acompanhamento longitudinal com menor custo atrelado.
Além disso, o uso do WhatsApp acoplado às melhores ferramentas de gestão, engajamento e relacionamento com pacientes permite que o time de profissionais de saúde tenha acesso a outras informações integradas, como tarefas, consultas, exames e dados clínicos. Essa integração de dados estruturados pode propiciar decisões mais efetivas tanto em termos clínicos quanto em termos de negócios, com melhor visibilidade de dados e muito mais precisão. Isso reduz os custos médicos, melhorando a retenção de pacientes e garantindo que eles estejam mais satisfeitos com sua experiência de cuidado. Na prática, é a inteligência de dados agindo a favor da gestão de saúde.
WhatsApp oferece segurança de dados em conformidade com a LGPD
As políticas de segurança são outro ponto positivo no uso do WhatsApp na gestão do cuidado digital. Todas as mensagens são protegidas pelo mesmo protocolo de criptografia Signal antes que elas saiam dos dispositivos. Isso garante que elas sejam entregues sem risco de interceptação, mantendo a integridade dos dados.
Além disso, quando conectamos o WhatsApp às ferramentas de CRM de saúde, elas disponibilizam uma camada adicional de proteção de dados. Ocorre a coleta de termos de aceite e exibição de dados sensíveis que são acessíveis apenas ao paciente e profissionais de saúde. Assim, seguimos todos os critérios da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e respeitamos a privacidade do paciente.WhatsApp com gestão de relacionamento e engajamento: um ganha-ganha para empresas, equipes de saúde e pacientes
O uso do WhatsApp como porta de entrada digital também traz outras vantagens quando acoplado a softwares de CRM de saúde. Ele pode agregar muito à melhoria da gestão, engajamento e relacionamento com pacientes. O WhatsApp se torna um coringa para as empresas de saúde, os times de cuidado e os pacientes, com diferentes funções e utilidades para cada grupo.
Para o paciente, ele funciona como um canal para acionar sua equipe, receber orientações, agendar consultas e ter acesso a seu plano de cuidado ou a pedidos de medicamentos e exames. Para o time de cuidado, funciona como um sistema de priorização de mensagens e armazenamento em sistemas de prontuário, garantindo que nada seja perdido a cada interação, enriquecendo o histórico dos pacientes. Já para as empresas de saúde, toda essa inteligência de dados pode ser colocada em prol do negócio. Estamos falando de melhora da eficiência operacional, redução de custos e gestão de saúde populacional. Uma eventual redução da sinistralidade ocorre ao mesmo tempo em que pacientes se tornam mais saudáveis e satisfeitos.
Embora ainda exista desconfiança, o WhatsApp tem se mostrado uma ferramenta extremamente segura para uso em saúde. Para o paciente, ele traz conveniência, simplicidade e uma boa experiência. Já para as empresas, promove alto engajamento e ajuda na redução de custos.
Quer saber usar o WhatsApp na gestão do cuidado digital? Fale conosco!
A Nilo Saúde oferece uma solução completa de gestão, engajamento e relacionamento de pacientes tendo o WhatsApp como porta de entrada digital. Nosso SaaS (Software Como um Serviço) já está ajudando operadoras de saúde, autogestões, hospitais e clínicas na melhoria de indicadores clínicos e de negócios. Que tal conhecer nossos casos de uso e os possíveis impactos na sua empresa? Solicite já um contato comercial!

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Reajuste de planos de saúde: como contornar a tempestade perfeita?

Por Claudio Tafla, Diretor Médico da Nilo Saúde
São muitas as discussões sobre inflação e aumento dos custos de tudo, desde a gasolina, o gás de cozinha, tomate, cenoura, feijão e arroz. No mundo da saúde, as coisas não são diferentes. Afinal, um dos assuntos em voga no momento é justamente o índice de reajuste anual de planos de saúde individuais ou familiares, regulado pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, que acaba de ser anunciado em 15,5%. Como podemos correlacionar a inflação dos produtos do dia a dia com a inflação da saúde? E como isso se reflete no reajuste de planos de saúde?
Para começar a entender essa discussão, temos que levar em conta que os fenômenos inflacionários não são isolados. Isso nos leva a um outro entendimento muito importante: eles não se resolvem com ações isoladas. Os reajustes podem parecer absurdos considerando o atual momento do Brasil e do mundo. Afinal, temos pandemia, guerra na Ucrânia, desabastecimento mundial e extrema polarização política. Neste contexto, teríamos que ter um reajuste de planos de saúde mais viável e realista para o bolso do consumidor.
Fatores para o reajuste de planos de saúde
Quando recapitulamos o cenário macro de reajuste negativo dos planos de saúde em 2021, com uma redução de 8,19% nas mensalidades, notamos que houve, pela primeira vez, um reajuste negativo na série histórica da ANS. O que ocorre em 2022 é a liberação da demanda reprimida de eventos e procedimentos médicos causada pelo isolamento social e pelo esgotamento dos equipamentos de saúde em todo o mundo durante o auge da pandemia. Além disso, as novas tecnologias, os novos tratamentos disponíveis e o próprio envelhecimento natural da população corroboram para criar a “tempestade perfeita”.
Agora que entendemos a multiplicidade de fatores causais que nos levam ao reajuste de planos de saúde, vamos olhá-los de forma mais específica para respondermos à seguinte pergunta: o que fazer e como interagir para melhorar essa situação? Gráficos do Caderno de Informações da Saúde Suplementar da ANS mostram a direta correlação entre a quantidade de beneficiários do sistema de saúde suplementar e o PIB do Brasil, assim como a quantidade de emprego formal da população. Para diluir o custo e o risco da saúde, precisaríamos dar oportunidade para mais pessoas terem acesso ao sistema. Isso apenas se dará pela retomada da economia e aumento do PIB e empregos formais. Hoje, cerca de 80% dos planos de saúde são coletivos (empresariais ou por adesão).
Existe uma receita para reduzir a sinistralidade?
Será que o simples fato de trazermos mais pessoas para o sistema de saúde privado fará com que a sinistralidade caia? Muito provavelmente, não. Estudos do IESS (Instituto de Estudos em Saúde Suplementar) demonstram que cerca de 19% de tudo o que investimos de recursos em saúde são desperdiçados. Se aumentarmos a quantidade de beneficiários, não tocaremos diretamente na gestão de saúde e nos motivos que causam estes desperdícios.
Portanto, precisaremos mudar algumas ações em saúde para melhorar a gestão e sua relação com o reajuste de planos de saúde. Se tem alguma coisa positiva que a pandemia nos trouxe em termos de gestão, foi notar que as pessoas podem ser tratadas à distância e gostam disso. Tornou-se claro que nosso modelo hospitalocêntrico, herdado da época do Descobrimento do Brasil, precisa evoluir para estar onde o usuário estiver. Este mesmo usuário escolheu que o melhor meio de se comunicar com a saúde é pela via digital. O WhatsApp, presente na maior parte das telas iniciais dos celulares brasileiros, é uma porta de entrada coringa para esse atendimento, sendo justamente a que utilizamos na Nilo.
Dados da Nilo Saúde para redução do sinistro e melhores indicadores de saúde
Dados da Nilo Saúde apontam que 93% dos pacientes gostam de se comunicar com seu gestor de saúde remotamente, dentro da plataforma, gerando maior adesão e engajamento a programas de saúde. Nosso índice médio de adesão é de 81% nos últimos 12 meses, trazendo mais engajamento às linhas de cuidado e gerando desfechos mais eficientes.
Como resultado, observa-se a redução de passagem e utilização de prontos-socorros por conta da utilização de atenção primária e pronto atendimento digital (20% da população estudada, contra 15,5% da população geral). Isso além da redução de internações hospitalares (1,97% dos pacientes acompanhados, contra 9% da população geral). Consequentemente, os custos caíram em 10%, com ROI de 65%. Não houve piora na qualidade do atendimento, nem na percepção de satisfação dos usuários.
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Reajuste de planos de saúde e gestão de saúde populacional
Ou seja, temos elementos concretos para acreditar que, seguindo protocolos nacionais e internacionais aceitos, conseguiremos gerenciar populações em todo o território nacional, considerando todas as suas complexidades de transporte, acesso, além de suas distorções sociais e econômicas, sem diminuir a qualidade e o desfecho dos atendimentos. Muito pelo contrário, observamos uma melhora nesses índices.
Saber do que sofrem nossas populações atendidas e como se antecipar aos problemas, estando próximos e gerenciando suas utilizações, faz toda a diferença. Sedentarismo, saúde mental e uso de muitos medicamentos sem uma gestão unificada do paciente e do beneficiário gera um “subtratamento” que pode ter impactos muito negativos em sua vida e em todo o sistema. Podemos fazer melhor sem precisar investir mais recursos, mas otimizando os recursos disponíveis. Muita gente já tem percebido isso na hora de contratar planos individuais e coletivos, pois alternativas de gestão e coparticipação têm sido cada vez mais consideradas e contratadas.
Contudo, ainda temos muito a evoluir. Precisamos engajar todos os atores da saúde em buscar melhores formas de participar da jornada dos usuários, entendendo seus papéis e agregando valor dentro da sua participação. Precisamos favorecer uma remuneração melhor e mais relacionada a desfechos, performances e resultados, que inclua a percepção de seus pacientes dentro desta qualificação. Assim, teremos um modelo de remuneração que exprima de forma clara o que se deseja de cada profissional e qual parte lhe cabe dentro do resultado geral.
Todos coexistimos nesta interação e temos nossa parcela de responsabilidade no resultado. Falhou um, falharam todos. Esses elementos são fundamentais para contornar a tempestade perfeita do reajuste de planos de saúde.
*Claudio Tafla é Diretor Médico da Nilo Saúde e professor na Faculdade São Camilo e na FGV – Fundação Getúlio Vargas. É também presidente da ASAP – Aliança Para a Saúde Populacional. Este artigo foi originalmente publicado na Revista Medicina S/A, edição 20. Nos reservamos o direito de fazer pequenas edições sobre o original, preservando a integridade do conteúdo, em concordância com o autor.

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Na Nilo Saúde, segurança psicológica é pauta antes, durante e depois do mês do orgulho LGBTQIAP+

Por Victor Marcondes, CEO da Nilo Saúde
Nos dias de hoje, em que somos convidados a celebrar a diversidade, é necessário refletir sobre o longo caminho que já percorremos. Também é necessário pensar em tudo o que ainda precisamos conquistar para avançar na sociedade com as pautas de inclusão, equidade e respeito às populações LGBTQIAP+. Julgamos importante aproveitar o momento para compartilhar a nossa visão sobre o tema na Nilo Saúde. Aqui, acreditamos que diversidade e segurança psicológica andam sempre juntas. Elas são partes fundamentais da nossa cultura desde o nosso Dia Zero e procuramos embasar todas as nossas ações sobre essas premissa
Primeiramente, é importante definir o que essas duas coisas significam para nós. Segurança psicológica é um dos nossos mindsets. Ela funciona como um alicerce para o alto desempenho da nossa equipe. Não se trata de uma finalidade em si, mas de uma condição para que todos se sintam à vontade para ser quem são. Queremos que as pessoas expressem livremente suas opiniões e mostrando suas vulnerabilidades, dando representatividade a diferentes grupos. Buscamos criar um ambiente em que as pessoas possam trabalhar sem medo de serem prejudicadas ou constrangidas pela sua origem, cor, identidade ou orientação sexual, mas sim, sendo respeitadas e valorizadas por suas histórias.
Diversidade é uma condição básica para a construção da nossa empresa. Algo que faz parte do nosso DNA e que precede a segurança psicológica. Afinal, não há como desenvolver um ambiente de segurança psicológica sem a diversidade no centro. Paradoxalmente, também não adianta falar sobre diversidade sem que as pessoas se sintam seguras para serem elas mesmas no ambiente de trabalho.
Quão diversa é a Nilo Saúde hoje?
Aplicamos uma Pesquisa de Diversidade em dezembro de 2021, tendo como objetivo entender e analisar claramente nossas forças e fraquezas. Contamos com as respostas de 100% da nossa equipe. Divulgamos seus resultados para o time em fevereiro de 2022. Certamente já temos alguns indicadores para nos orgulhar, mas estamos cientes das oportunidades de melhoria.
Nos atendo ao recorte específico do Mês do Orgulho, podemos afirmar que 13.5% dos nossos #Nilers se declaram como LGBTQIAP+. O número contrasta com o mais recente levantamento do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que aponta que somente 1,8% dos brasileiros se declaram homossexuais ou bissexuais. Mesmo considerando uma provável subnotificação devido ao contexto da LGBTQIAP+fobia no país, nossos dados internos sugerem que o ambiente da Nilo já é receptivo à representatividade e traz segurança psicológica para que as pessoas LGBTQIAP+ se declarem como são, indo bastante além da média nacional. Nosso objetivo agora é ampliar a representatividade de todos os grupos minorizados.
Ao perguntarmos a todos os nossos #Nilers o quanto eles se sentem confortáveis por serem quem são dentro da empresa, obtivemos a média geral de 9.2, numa escala de 0 a 10, sendo que 0 significa nem um pouco e 10 significa extremamente confortável. Entre os LGBTQIAP+, porém, essa média foi mais alta ainda e atingiu 9.4. Essa realidade nos orgulha e também contrasta com um dado alarmante revelado pelo próprio LinkedIn: 4 em cada 10 brasileiros LGBTQIAP+ já sofreram discriminação no trabalho.
Alguns desses #Nilers LGBTQIAP+ nos enviaram depoimentos sobre suas experiências e percepções dentro da nossa cultura de segurança psicológica durante o mês de junho de 2022. Reproduzimos suas falas nas nossas redes sociais e ficamos contentes pelo que já construímos, além de confiantes na ampliação desses resultados.
O que vamos fazer com esses números? Quais os próximos passos para ampliar a nossa diversidade?

A partir desses dados, vamos traçar um plano de ação efetivo, que deve conter vagas inclusivas, novas estratégias para atrair grupos minorizados que ainda não estão bem representados na nossa empresa e criar outras ações para tornar a Nilo cada vez mais plural e diversa, não apenas nas questões LGBTQIAP+. Nossa expectativa é compartilhar o plano e seus primeiros resultados já no próximo semestre.
Estamos criando fóruns e um Comitê da Diversidade que envolverá pessoas de diferentes áreas e posições hierárquicas da equipe. Além disso, nossos valores são reforçados por uma série de rituais diários, semanais e mensais. Por exemplo: temos uma reunião coletiva ao final de cada mês, chamada de All Hands. Esse é um momento muito importante para o nosso alinhamento, transparência e reforço cultural. Nesses encontros, trabalhamos pontos da nossa cultura, trocando experiências, compartilhando boas práticas entre as áreas e falando sobre aquilo que nos inspira e motiva.
Como são nossas dinâmicas para o fomento da segurança psicológica
Nessas dinâmicas, tratamos também das nossas vulnerabilidades como empresa, expondo as nossas intenções, reconhecendo os pontos que precisamos melhorar e recebendo feedbacks. Na última semana, por exemplo, tratamos especificamente sobre diversidade, aproveitando o momento de conscientização e celebração do Mês do Orgulho para divulgar nossas ações atuais e anunciar nossos compromissos com a pauta LGBTQIAP+ diante de todo o time.
Um dos recentes treinamentos que oferecemos foi sobre os Vieses Inconscientes, mostrando como eles funcionam e quais as técnicas para mitigá-los, impedindo que eles influenciem nossas avaliações sobre as situações e pessoas, evitando os preconceitos e juízos automáticos que muitas vezes nem percebemos. Dessa forma, aprendemos a lidar cada vez melhor com o diferente.
Por fim, garantimos que a segurança psicológica seja avaliada e mensurada nas nossas avaliações 360°. Todos os nossos #Nilers, inclusive os líderes, avaliam e são avaliados também nesse critério, que é levado a sério nas nossas decisões relacionadas a promoções, planos de desenvolvimento e desligamentos. Assim, buscamos assegurar que as habilidades comportamentais que valorizamos e procuramos desenvolver estejam sempre em linha com a nossa cultura diversa.
Em breve, espero trazer boas notícias sobre a evolução desse processo de inclusão e diversidade. Estamos sempre de portas abertas para novos talentos que queiram somar ao nosso time e participar da nossa cultura, que alia segurança psicológica e desempenho. Se você quer fazer parte da Nilo Saúde, envie seu currículo e confira nossas vagas. Siga-nos no LinkedIn e confira as novidades. Confira também o nosso site oficial.

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MINDSPACE: uma ferramenta de comunicação na saúde

Por Ana Carolina Nascimento Raymundo, Head de Cuidado da Nilo Saúde*
Sabemos que a formulação das políticas de saúde deve sempre levar em conta o comportamento dos indivíduos. A grande questão é que nem sempre nós, profissionais e gestores da saúde, conhecemos a maneira como as pessoas se comportam. Isso acaba atrapalhando a efetividade dessas políticas, a começar pela comunicação efetiva com a população. A maior fraqueza das abordagens que visam atrair e manter pessoas engajadas em iniciativas benéficas para a saúde é presumir que todos nos comportamos racionalmente, quando o ser humano está longe de responder sempre dessa maneira. Alguns caminhos para fomentar uma real mudança de comportamento das pessoas estão no MINDSPACE, um grande aliado da comunicação na saúde.
MINDSPACE é o acrônimo de Mensageiro, Incentivos, Normas, Default, Saliência, Preparação, Afeto, Comprometimento e Ego, sintetizando em nove fatores os princípios científicos do comportamento. Este framework foi criado pelo Behavioural Insights Team, um grupo de cientista comportamentais do Reino Unido. Ele vem sendo adotado em campanhas do sistema público de saúde britânico na promoção da saúde e prevenção de doenças associadas ao abuso de álcool, tabagismo, sedentarismo, diabetes, obesidade, gravidez na adolescência e cuidado social, entre outros tópicos.
Ciência comportamental e comunicação na saúde
O diagnóstico de que não nos comportamos como se fôssemos perfeitamente racionais vem da Ciência Comportamental e da Economia Comportamental. A lógica que seguimos geralmente é: “Você me dará a informação, eu processarei essa informação mentalmente e meu comportamento mudará”. Acontece que as abordagens mais convencionais da motivação humana são baseadas na ideia de Educação. Assumimos que as pessoas não se comportam como deveriam porque não têm conhecimento suficiente. Ou seja, se elas soubessem o quanto fumar é perigoso para a saúde, jamais fumariam. Historicamente, porém, essa abordagem não tem trazido o resultado esperado. Isso ocorre justamente porque não temos um déficit de conhecimento, mas sim de comportamento. Nós sabemos o que fazer, o problema é que não fazemos.
Os economistas comportamentais têm uma ótima resposta para esse paradigma. Eles reconhecem que somos irracionais e que nossas decisões são baseadas na emoção, ou seja, são sensíveis ao enquadramento e ao contexto social em que estamos inseridos. Nem sempre fazemos o que é de nosso interesse no longo prazo. Entretanto, a principal contribuição da Economia Comportamental não é reconhecer o quanto somos irracionais, mas que somos irracionais de maneira altamente previsível. Mais do que isso, é a própria previsibilidade das nossas fraquezas psicológicas que nos fornece estratégias para superá-las.
Vamos à explicação do acrônimo MINDSPACE! Com seus direcionamentos valiosos, teremos uma abordagem mais estimulante para o paciente e ótimos impactos para a comunicação na saúde:

Conheça o acrônimo MINDSPACEM – Mensageiro
Somos fortemente influenciados por quem comunica informações;I – Incentivos
Nossas respostas aos incentivos são moldadas por atalhos mentais previsíveis, como por exemplo, tentar evitar perdas de todas as formas. Resultados imediatos são muito mais motivadores do que resultados ainda mais importantes no longo prazo. Por isso, muitas vezes tendemos a furar a dieta e detestamos ficar de fora do bolão da loteria;N – Normas
Somos fortemente influenciados pelo que outros fazem;D – Default (Padrões de comportamento)
Nós “seguimos o fluxo” de opções pré-definidas;S – Saliência (Relevância)
Nossa atenção é atraída para o que é novo e parece relevante para nós;P – Preparação
Nossos atos são frequentemente influenciados por pistas subconscientes;A – Afeto (Afetar)
Nossas associações emocionais podem moldar poderosamente nossas ações;C – Compromisso
Procuramos ser coerentes com as nossas promessas públicas e atos recíprocos;E – Ego
Agimos de maneiras que nos fazem sentir melhor a nosso respeito.Leia também:
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Reajuste de planos de saúde: como contornar a tempestade perfeita?
O papel de protagonismo do enfermeiro na saúde digitalNunca pensaríamos em usar essas ferramentas de comunicação na saúde se achássemos que todos somos racionais o tempo todo. Apenas para deixar claro, não estou condenando a racionalidade, já que isso seria realmente irracional! Todavia, todos sabemos que são as partes não racionais de nossas mentes que são responsáveis pela coragem, criatividade, inspiração e tudo o que nos desperta paixão. Por outro lado, sabemos que podemos ser muito mais efetivos em melhorar o comportamento de saúde quando usamos as abordagens mais propícias a mudar o comportamento das pessoas. Quando se trata de saúde, entender nossa irracionalidade é mais uma ferramenta em nossa caixa. Tirar proveito dessa irracionalidade pode ser o comportamento mais racional e inteligente de todos.
*Este texto foi originalmente publicado no Medicina S/A.
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A Nilo Saúde oferece uma solução completa de gestão, engajamento e relacionamento de pacientes para as empresas de saúde. Nosso SaaS (Software Como um Serviço) já está ajudando operadoras de saúde, autogestões, hospitais e clínicas na melhoria de indicadores clínicos e de negócios. Que tal conhecer nossos casos de uso e os possíveis impactos na sua empresa? Solicite já um contato comercial!

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